"Um dos maiores defeitos do amor é que, pelo menos por algum tempo, ele corre o risco de nos tornar felizes.
(...)
O dr. Saavedra havia diagnosticado um caso de anedonia, uma doença definida pela Associação Médica Britânica como uma reação bem próxima às doenças de montanha resultantes do terror súbito trazido pela ameaça de felicidade. Era uma doença comum entre turistas naquela região da Espanha, enfrentada naquelas cercanias idílicas com a percepção súbita de que a felicidade terrena poderia estar ao alcance deles, e vítima, portanto, de uma violenta reação psicológica feita para contra-atacar essa possibilidade.
O problema com a felicidade é que, em sua raridade, ela prova ser intensamente terrível e causadora de ansiedade para ser aceita. Portanto, de uma forma um tanto inconsciente, Chloe e eu (embora eu não tivesse ficado doente), havíamos sempre tendido a localizar a hedonia ou na memória ou por antecipação. Embora a busca da felicidade fosse o objetivo central declarado, ela era acompanhada por uma crença implícita na descoberta desse aristotelianismo em algum lugar dno futuro muito distante - uma crença desafiada pelo idílio que havíamos encontrado em Aras de Alpuente e, em proporções menores, nos braços um do outro.
Por que vivíamos desse jeito? Talvez porque nos divertirmos no momento presente teria significado nos engajar numa realidade imperfeita ou perigosamente efêmera, em vez de nos escondermos por trás de uma confortável crença numa vida após a morte. Viver no futuro composto envolvia apresentar uma vida ideal para contrastar com o presente, uma que nos salvaria da necessidade de nos comprometermos com a situação que nos cerca. Era um padrão similar ao encontrado em certas religiões, segundo as quais a vida na terra é apenas um prelúdio de uma existência celestial e bem mais agradável. Nossa atitude para com feriados, festas, trabalho e talvez amor tinha algo de imortal, como se fôssemos estar na terra por tempo suficiente para não pensar nessas ocasiões como sendo finitas em número - e daí sermos forçados a extrair um valor delas. Existe conforto em viver no futuro perfeito: ele nos impede de precisar sentir que o presente é real, ou de perceber que devemos amar um ao outro ou morrer."
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alain de botton
ensaios de amor
ele me consome, gente. me consome.
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um dia, talvez, quem sabe porque nada na vida é definitivo, felizmente ou infelizmente. tudo depende do seu ponto de vista. e esse é o meu. e ele pode (e vai) mudar. a qualquer momento.
domingo, 7 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
acabou?
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"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti"
Skank
(musica fofa)
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"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti"
Skank
(musica fofa)
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quarta-feira, 3 de junho de 2009
vou colecionar selos, então
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"Importante é tentar ser feliz, seja com uma pessoa, um cachorro ou uma coleção de selos. A vida já é uma jornada dura."
Woody Allen
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"Importante é tentar ser feliz, seja com uma pessoa, um cachorro ou uma coleção de selos. A vida já é uma jornada dura."
Woody Allen
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sempre saramago
"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já."
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terça-feira, 2 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
the pain and the hope
ontem conversávamos sobre drogas, sobre vícios, sobre recuperação. talvez porque eu tenha esse tipo de problema na família, e porque existe alguém muito próximo a mim que também enfrentou tudo isso, e que até hoje lida com as consequências disso, é algo que sempre me toca.
dai hoje, quando o nome do site me chamou atenção, acabei entrando, e li isso que segue, e achei tão bonito e tão emocionante:
"Pedro the Lion is loud in the speakers, and the city waits just outside our open windows. She sits and sings, legs crossed in the passenger seat, her pretty voice hiding in the volume. Music is a safe place and Pedro is her favorite. It hits me that she won't see this skyline for several weeks, and we will be without her. I lean forward, knowing this will be written, and I ask what she'd say if her story had an audience. She smiles. 'Tell them to look up. Tell them to remember the stars.'
(...)
As we arrive at the treatment center, she finishes: 'The stars are always there but we miss them in the dirt and clouds. We miss them in the storms. Tell them to remember hope. We have hope.'
I have watched life come back to her, and it has been a privilege. When our time with her began, someone suggested shifts but that is the language of business. Love is something better. I have been challenged and changed, reminded that love is that simple answer to so many of our hardest questions. Don Miller says we're called to hold our hands against the wounds of a broken world, to stop the bleeding. I agree so greatly. "
tudo aqui
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dai hoje, quando o nome do site me chamou atenção, acabei entrando, e li isso que segue, e achei tão bonito e tão emocionante:
"Pedro the Lion is loud in the speakers, and the city waits just outside our open windows. She sits and sings, legs crossed in the passenger seat, her pretty voice hiding in the volume. Music is a safe place and Pedro is her favorite. It hits me that she won't see this skyline for several weeks, and we will be without her. I lean forward, knowing this will be written, and I ask what she'd say if her story had an audience. She smiles. 'Tell them to look up. Tell them to remember the stars.'
(...)
As we arrive at the treatment center, she finishes: 'The stars are always there but we miss them in the dirt and clouds. We miss them in the storms. Tell them to remember hope. We have hope.'
I have watched life come back to her, and it has been a privilege. When our time with her began, someone suggested shifts but that is the language of business. Love is something better. I have been challenged and changed, reminded that love is that simple answer to so many of our hardest questions. Don Miller says we're called to hold our hands against the wounds of a broken world, to stop the bleeding. I agree so greatly. "
tudo aqui
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