domingo, 31 de maio de 2009

about love, again

já postei um pedaço do filme aqui. e hoje vi esse mesmo pedaço. e se encaixa tão, mas tão bem nas coisas que eu pensei esse final de semana, que fui procurar o texto

e acabei encontrando isso, que também é bonito



"I've found almost everything ever written about love to be true. Shakespeare said "Journeys end in lovers meeting." What an extraordinary thought. Personally, I have not experienced anything remotely close to that, but I am more than willing to believe Shakespeare had. I suppose I think about love more than anyone really should. I am constantly amazed by its sheer power to alter and define our lives. It was Shakespeare who also said "love is blind". Now that is something I know to be true. For some quite inexplicably, love fades; for others love is simply lost. But then of course love can also be found, even if just for the night. And then, there's another kind of love: the cruelest kind. The one that almost kills its victims. Its called unrequited love. Of that I am an expert. Most love stories are about people who fall in love with each other. But what about the rest of us? What about our stories, those of us who fall in love alone? We are the victims of the one sided affair. We are the cursed of the loved ones. We are the unloved ones, the walking wounded. The handicapped without the advantage of a great parking space! Yes, you are looking at one such individual. And I have willingly loved that man for over three miserable years! The absolute worst years of my life! The worst Christmas', the worst Birthday's, New Years Eve's brought in by tears and valium. These years that I have been in love have been the darkest days of my life. All because I've been cursed by being in love with a man who does not and will not love me back. Oh god, just the sight of him! Heart pounding! Throat thickening! Absolutely can't swallow! All the usual symptoms."




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e o que eu queria era esse:


"I understand feeling as small and as insignificant as humanly possible. And how it can actually ache in places you didn't know you had inside you. And it doesn't matter how many new haircuts you get, or gyms you join, or how many glasses of chardonnay you drink with your girlfriends... you still go to bed every night going over every detail and wonder what you did wrong or how you could have misunderstood. And how in the hell for that brief moment you could think that you were that happy. And sometimes you can even convince yourself that he'll see the light and show up at your door. And after all that, however long all that may be, you'll go somewhere new. And you'll meet people who make you feel worthwhile again. And little pieces of your soul will finally come back. And all that fuzzy stuff, those years of your life that you wasted, that will eventually begin to fade."




pq essa coisa de fade, quando parece que tá dando certo, acontece algo e todo o progresso vai por água abaixo, não?
ô coisinha bem infernal de se viver...



aceitação, eu ainda chego lá!




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sexta-feira, 29 de maio de 2009

mi casa, tu casa

Ésta es mi casa

No cabe duda. Ésta es mi casa
aquí sucedo, aquí
me engaño inmensamente.
Ésta es mi casa detenida en el tiempo.

Llega el otoño y me defiende,
la primavera y me condena.
Tengo millones de huéspedes
que ríen y comen,
copulan y duermen,
juegan y piensan,
millones de huéspedes que se aburren
y tienen pesadillas y ataques de nervios.

No cabe duda. Ésta es mi casa.
Todos los perros y campanarios
pasan frente a ella.
Pero a mi casa la azotan los rayos
y un día se va a partir en dos.

Y yo no sabré dónde guarecerme
porque todas las puertas dan afuera del mundo.
(Mario Benedetti)





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feeling like mafalda...




fui dormir chateada, e acordei como a mafalda. quase sem esperança, na verdade.

porque não bastassem a violência, a corrupção, as crueldades contra os animais, a falsidade de certas 'amizades', os corações partidos, a falta de cura para certas doenças, a pobreza e miséria em que tantos vivem, a maluquice climática e tudo mais que vivenciamos e sobre que lemos no jornal todos os dias, viver num mundo em que crianças de 10 anos mentem para deliberadamente prejudicar alguém é, para mim, meio impossível.


e é por esse tipo de coisa que fico muito, muito triste.




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e é por isso que eu digo: preciso de um sinal, qualquer sinal. qualquer coisa que me indique que ainda há amor, afeto, solidariedade.

qualquer coisa, mesmo.
tô aceitando.



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terça-feira, 26 de maio de 2009

paris, mon cherie

porque, né, essa cidade me persegue, pelamordedeus
e o que é essa música fofa? pelamordedeus


















he: "i promise. i'll never be your friend. no matter what. ever"
she: "if we fuck, i'm gonna feel like shit tomorrow"
he: "that's ok with me"
she: "i love you. i never hurt you on purpose."
he: "i don't care"



- sorry for the bad language (nem parece que acabei de traduzir um artigo de 13 páginas sobre isso, ném?) mas tem certas coisas, bem poucas coisas, que não tem outro jeito de dizer mesmo...


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no need for further comments, right?



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segunda-feira, 25 de maio de 2009

sobre o amor, as ilusões, o fim e as assombrações

"Eu me perguntei como Chloe podia sequer se justificar por pensar que basearia sua vida emocional ao redor de um canalha como eu. Se ela parecia estar um pouquinho apaixonada, não seria simplesmente porque ela não havia me compreendido? Era o pensamento marxista clássico, em que o amor é desejado, mas impossível de aceitar, por medo do desapontamento que acontecerá quando o verdadeiro eu for revelado: um desapontamento que em regra já ocorreu (talvez nas mãos de um pai) mas agora é projetado para o futuro. Marxistas sentem a essência de seu ego tçao profundamente inaceitável que a intimidade com certeza os revelará como charlatães. Portanto, por que aceitar o presente do amor, quando é certo que ele lhe será tomado daqui a pouco? Se você me ama agora, é só porque você não está me vendo por inteiro, pensa o marxista, e se você não está me vendo por inteiro, seria loucura se acostumar com seu amor até isso acontecer.
Uma aliança marxista ortodoza será, por esses motivos, fundamentada e dependerá de uma troca desigual de afeto. Embora partindo de uma posição de amor não correspondido, eles desejam ver seu amor retribuído, os marxistas incoscientemente prefeririam que seus sonhyos permanecessem no reino da fantasia. Prefeririam que seu amor não fosse muito mais que reconhececido, que seu parceiro não ligasse com muita frequencia para eles, ou que tivesse a decencia de não estar emocionalmente disponível a maior parte do tempo, uma situação de acordo com o seu senso de valor: por que os outros deveriam pensar melhor deles do que eles pensam de si próprios?"

Alain de Botton
em Ensaios de Amor


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"somos todos arqueólogos de nossos amores. quer queira, quer não, você vai ter que pisar nestes escombros, segurando uma lanterna, e olhar tudo com atenção para achar ali o que pode ser guardado. esta é a sua coragem. você junta um retalhinho de pano, um pedaço de uma foto que resistiu, um cálice que não estilhaçou, uma caixinha que não queimou. com concentração, paciência e gentileza, você enche uma sacolinha com as coisas que representam uma experiência que jamais será esquecida.

e aí você se dá conta, entre o espanto e o desalento, de que será obrigado a desistir (do que sentia). não era a sua vontade, mas viver é assim mesmo. casas se erguem, você vive e dança nelas. e um dia você sai com uma sacolinha. tão preciosa, tão maravilhosa, tão significativa. tão sua, que apenas para você ela faz sentido. e desistir significa, também, saber do quê se está desistindo. de tudo? não. na verdade, depende do que você recolheu na sacolinha. é dela que vão sair seus novos sentimentos, suas novas perspectivas, seu novo você."


daqui


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Assim...
tem gente que não consegue reconhecer que a coisa acabou, que não tem mais volta. que não consegue recolher a sua sacolinha e seguir em frente. que não desiste. e isso é triste, sim. mas também é chato para os que já perceberam o fim, e que se esforçam para seguir em frente.
ai entram as assombrações. aquelas aparições do passado. certo, algumas vezes temos 'aparições' de lembranças doces de coisas boas que aconteceram. frequentemente eu lembro de um ex de muito tempo atrás, de como ele era querido. ele é minha 'assombração' particular. o problema é se a pessoa não tem o discernimento de deixar que a memória seja pura e simplesmente isso: uma memória. e faz questão de aparecer, literalmente, na vida do outro.
alguns homens fazem isso por serem cafajestes. outros por simples falta de noção. e alguns porque são completamente malucos.
e eu tenho minha própria assombração. é um privilégio, até. porque depois de 11 meses (sim, faz 11 meses que eu terminei tudo), a pessoa ainda não tem a consciência de que acabou. e ainda acha brechas para aparecer. é impressionante. e assustador, pra falar bem a verdade.
assustador porque o medo que eu sinto da maluquice da pessoa é real, é tangível. é uma coisa meio inexplicável, mas eu sinto, e não consigo controlar.
na sacolinha que restou desse relacionamento, não sobrou muita coisa boa, infelizmente. e isso se deve justamente à maneira como tudo terminou, e a perseguição que se seguiu. (o drama pessoal de que todo mundo já está cansado de ouvir falar)
e por isso, eu sempre tento empurrar essa sacolinha bem lá pro fundo do armário, esquecer que ela existe. porque ela incomoda e dá medo. de vez em quando ela se abre, e eu vejo as coisas que ela traz dentro. tento colocar alguma coisa boa, nem que seja um aprendizado.
porque tudo isso faz parte do que se chama seguir em frente. coisa que eu fiz, coisa que ele não fez.
a grande ironia é que, quem olhar somente pra aparência, diria que ele já deixou a sacolinha pra trás. continua saindo com os amigos, continua com seus hábitos alcoolicos destrutivos, e já faz tempo que tem uma nova namorada, enquanto eu, bem... eu já juntei mais algumas sacolinhas pequenas, enchi uma sacolinha de ilusões e outra da substância que compõe os corações partidos, e continuo na minha rotina de trabalho-amigos-busca de cultura.

e ainda não estou pronta pra abrir uma nova sacola, e deixar alguém colocar itens dentro dela.




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sábado, 23 de maio de 2009

high heels

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um salto alto pode salvar o seu sábado a noite
só digo isso
adoro!



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e hoje vou levar a vaca pra passear

e que o rock nos proteja!




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sorte?

yeap
(Paulo Leminski)

sorte no jogo
azar no amor
de que me serve
sorte no amor
se o amor é um jogo
e o jogo não é meu forte,
meu amor?





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lindinho, não?




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sexta-feira, 22 de maio de 2009

o comprometimento

"Until one is committed, there is hesitancy, the chance to draw back, always ineffectiveness. Concerning all acts of initiative (and creation), there is one elementary truth the ignorance of which kills countless ideas and splendid plans: that the moment one definitely commits oneself then providence moves too.

All sorts of things occur to help one that would never otherwise have occurred. A whole stream of events issues from the decision, raising in one’s favour all manner of unforeseen incidents and meetings and material assistance, which no man could have dreamed would have come his way.

Whatever you can do or dream you can begin it, boldness has genius, power and magic in it.

Begin it now."

Goethe

quinta-feira, 21 de maio de 2009

a arte de procastinar - responder um meme

eu tenho um milhão de coisas pra fazer
mas estou cansada e meu cérebro não está rendendo
então decidi responder isso:

(adoro essas bobagens)


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1. Que horas você acordou hoje?
o despertador tocou as 07.00. eu levantei as 07.20. e era feriado. e depois fui caminhar até o santuário das mães.
2.Diamantes ou pérolas?
pérolas. adoro.
3. Qual foi o último filme que viu no cinema?
Revolutionary Road, Foi apenas um sonho. Com o di Caprio e a Kate Winslet. Bem bom. Mas esse findi vou novamente.
4. O que normalmente come no café da manhã?
Quase sempre: um ovo cozido, pão integral com requeijão, e uma banana (ou uva, se não tiver banana)
5. Qual é o seu nome do meio?
Luiza
6. Qual comida você não gosta?
Um monte: maracujá, mamão, melão, manga, kiwi, folhas verdes em geral (exceto alface, couve chinesa, repolho e espinafre), cebola, quiabo, jiló, carnes gordas e com osso, coxa e sobrecoxa de frango, peixes de água doce, qualquer parte de porco que não seja lombo, qualquer outro animal (exceto frutos do mar, como quase todos). Tudo que eu possa considerar nojento e feito de partes suspeitas de animais.
Também não como, porque passo mal: pepino cru, abacaxi, laranja.
E não como mas nem sei porque: figo
7. No momento, qual é o seu CD preferido?
Estou ouvindo os anthology dos Beatles e gostando muito.
8. Que tipo de carro dirige?
Clio branco (ou quase branco, pois está sempre sujo)
9. Sanduíche preferido?
Adoro aquele pão integral da subway com frango teriaky ou com peito de peru
10. Que características despreza?
Ciúme doentio. Infantilidade. Mimo excessivo. Chatice.
11. Roupas preferidas?
Vestidos e saias.
12. Se pudesse ir pra qualquer lugar do mundo de férias, para onde você iria?
Tailândia. Voltar a Europa. Canadá. Buenos Aires.
13. Marca preferida?
Adoro a Hering, desde sempre. Hoje mais ainda.
14. Onde gostaria de se aposentar?
Em Porto Alegre ou em Buenos Aires.
15. Qual foi o seu aniversário recente mais memorável?
O de 2001. O mais memorável de sempre.
16. Esporte preferido pra assistir?
Ahm, nenhum? Gosto das ginásticas olímpicas e rítmica, mas nem pra isso tenho paciência.
17. Quando é o seu aniversário?
05 de junho.
18.Você é uma morning person ou uma night person?
Ambos. Topo qualquer coisa, a qualquer hora, basicamente. Depende da companhia, da atividade, do local.
19. Quanto calça?
39.5 (ou seja, as vezes compro 39, as vezes 40)
20. Animais de estimação?
A Frida e a Madonna, minhas labradores, e a kitty, minha gata.
21. Alguma novidade que gostaria de compartilhar?
Eu vou ficar praticamente rica fazendo uma tradução. Se bem que deveria estar fazendo a tradução agora, e estou escrevendo isso aqui.
22. O que você dizia que queria ser, quando criança?
Ah, acho que professora.
23. Como você está hoje?
Super, hiper, ultra, mega cansada. Sem muita capacidade de raciocinar.
24. Qual é o seu doce preferido?
Doce de abóbora, ambrosia e arroz-doce. E coisas com chocolate.
25. Qual é a sua flor preferida?
Girassóis
26. Por qual dia do calendário você está esperando ansiosamente?
19 de dezembro, quando entro em férias.
27. Qual é o seu nome completo?
Sara Luiza Hoff
28. O que você está escutando agora?
Acabou de acabar o Frank, da Amy. Adoro quando estou traduzindo, tão calminho.
29. Qual foi a última coisa que você comeu?
Um pedaço de bolo integral de cenoura. Bem delícia.
30. Você faz pedido pra estrelas?
Não. Perdi a capacidade de acreditar nisso há algum tempo.
31. Se você fosse um lápis de cor, que cor seria?
Aquele que eu tenho no estojo, que tem quatro cores misturadas.
32. Como está o tempo agora?
Sem chuva, meio fresquinho
33. Última pessoa com quem você falou no telefone?
A Carol, que não encontrava minha casa, pra variar.
34. Refrigerante preferido?
Não bebo mais refrigerante.
35. Restaurante preferido?
A buca. Depois sushis em geral e o Bavária.
36. Qual era o seu brinquedo preferido quando criança?
Não lembro. Brincava de Barbie, tinha uma Suzi, adorava o pequeno pônei e aquelas bonequinhas da moranguinho. E tinha uns smurfs bem bonitos também.
37. Inverno ou verão?
Inverno. Adoro.
38. Beijos ou abraços?
Os dois.
39. Chocolate ou Baunilha?
Chocolate
40. Café ou chá?
Os dois, dependendo do momento.
41. O que tem debaixo da sua cama?
Roupa de cama e cobertores.
42. O que você fez na noite passada?
Sai pra jantar com a Meg. Tanta saudade dela. Comemos um sushi simplesmente maravilhoso.
43. Do que você tem medo?
De cobras.
44. Salgado ou doce?
Sempre tentando diminuir a dependência de doces. Mas adoro vários salgados. E azedos. Amo azedos.
45. Quantas chaves tem no seu chaveiro?
Na molho do carro, 1. Na de casa, 5 (do portão, da porta da frente, da porta dos fundos, da casa da vó e do cadeado da ex-escola)
46. Há quanto tempo você está no seu atual emprego?
Quase 3 anos
47. Dia preferido da semana?
Não tenho preferência, eu acho.
48. Em quantos lugares você já morou?
Morar, morar, só aqui e em canela. Passei temporadas nos EUA (Penn e Florida) e em Brasilia
49. Você faz amigos facilmente?
Relativamente.
50. Gostaria que alguém respondesse esse questionário?
hahaha, agora falta o “De quem você gosta?”, “Você já beijou?”



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o tempo

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O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu. Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele.

Ele quem mesmo?


(Tati Bernardi)





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meio bobinho, talvez
mas parece realidade








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thanks a fê que leu pra mim ontem no trabalho
porque apesar de tudo, a gente meio que se diverte por lá



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terça-feira, 19 de maio de 2009

what i'm looking for

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essa frase está me perseguindo. porque há dias estou com a música do U2 na cabeça (I still haven't found...) e agora acabei de achar isso:

(não dá pra incorporar, dammit)





e achei tãããão meiga a letra, tão apropriada para uma véspera de véspera de feriado (hahaha, a pilha está voltando, está quase carregada), cheio de compromissos sociais promissores que começam já amanhã


porque diz assim:



"Well I don't know what I'm looking for
But I know that I just wanna look some more
And I won't be satisfied
'Till there's nothing left that I haven't tried
For some people it's an easy choice
But for me there's a devil and an angel's voice
Well I don't know what I am looking for
But I know that I just wanna look some more

Well I don't know what I'm living for
But I know that I just wanna live some more
And you hear it from strangers
And you hear it from friends
That love never dies, love never ends
Now I don't wanna argue, no I don't wanna fight
'Cause you're always wrong and I'm always right
Well I don't know what I am living for
But I know that I just wanna live some more

I used to be involved, and I felt like a king
Now I've lost it all and I don't feel a thing
I may never grow old, I may never give in
And I'll blame this world that I live in
I visit hell on a daily basis
I see the sadness in all your faces
I've got friends who have married
And their lives seem complete
Here I am still stumbling down a darkened street

And I act like a child and I'm insecure
And I'm filled with doubt and I'm immature
Sometimes it creeps up on me and before I know it
I'm lost at sea
But no matter how far I row
I always find my way back home
But I don't know what I've been waiting for
But I know that I don't wanna wait anymore

Looking for...
What I'm looking for..."




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isso é a descrição da minha vida!
me vejo em tudo ali






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o nada

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."

Clarice Lispector


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precisei roubar isso quando li lá no fabrício



na esperança de esquecer, fico aqui, sem fazer nada, apesar da vontade de gritar, de te abraçar, de te ouvir falar qualquer coisa, de te escrever, de te ligar, de te ver, de estar perto de você

nada disso eu faço. e cada dia a vontade de fazer diminui um pouco. até porque se nada faço com você, cada vez mais me cerco de coisas boas, de amigos importantes, de eventos, de possibilidades.


porque não fazer nada, mas nada mesmo, também não é possível.
e porque ainda tenho esperanças de ver aquele diabo renascer em mim
;)



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segunda-feira, 18 de maio de 2009

it's hard to forget when there's such an empty space when you're gone

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DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana



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poderia comentar isso. poderia dizer que o simples fato de achar que esqueci significa que não esqueci. que o fato de achar que cheguei à aceitação só diz que não é verdade. que afirmar que estou bem, e realmente me sentir bem, e estar realmente bem 95% do tempo não significa que eu tenha superado. que até eu já cansei dessa história toda, que eu tenho nojo de mim mesma por falar tanto nisso, ainda mais que nem penso mais tanto nisso. (falo mais do que penso, vai entender)
e poderia dizer que o fim de semana foi legal, que sábado a noite eu, mais uma vez, vi que a vida tem muito a oferecer. que o que mais me incomodou foi o fato de eu não ter tido a coragem de encarar os fatos (ou a pessoa), do que efetivamente ver a pessoa. que essa crise de adolescência que me corrói.

poderia dizer tudo isso. e poderia dizer mais. e tudo seria verdade.


mas tô sem vontade.
e tudo o que eu posso dizer é que só sei que ainda quero mais é seguir em frente e ser feliz.




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domingo, 17 de maio de 2009

pilha fraca

teria tanta coisa pra escrever hoje, mas tá faltando inspiração. acabou a pilha.



mas essa música não saiu da cabeça o dia todo







(um dia, talvez, quem sabe essa semana, faço uma reflexão sobre a mensagem oculta nisso)



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sábado, 16 de maio de 2009

a girafa

hoje esse blog está todo amiguinho dos animais


a pedido da cátia e do fabrício, então:





a explicação (bem básica) tá aqui
One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

---Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.



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Uma arte

Elizabeth Bishop
Tradução de Horácio Costa

A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.

Perca algo a cada dia. Aceita o susto
de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.

Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
lugares, nomes, onde pensaste de férias
ir. Nenhuma perda trará desastre.

Perdi o relógio de minha mãe. A última,
ou a penúltima, de minhas casas queridas
foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.

Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.

- Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre.

Elizabeth Bishop



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hoje na aula li um outro poema pros meus alunos (logo posto, quero achar o video também) e dai na mesma folha tava esse.
lindo, lindo




perdas. não são boas, mas acostumamo-nos. e não morremos. até que estamos bem, ou quase bem de novo. sem nem saber como foi que tudo começou.

it isn't so hard to master...





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dica

ainda sobre leituras:

a cátia poeta me indicou, e eu testei. funciona!

www.trocandolivros.com.br



você entra, se cadastra, adiciona os livros que você não quer mais (sim, milagre, eu consegui me desfazer de alguns livros, mas mais por uma questão de espaço do que de vontade). quando um usuário se interessar por um livro seu, ele solicita, e você manda por correio (baratinho, entre 4 e 10 reais, no máximo) e dai você ganha um crédito, e pode solicitar o livro que quiser.

eu mandei três já e ganhei dois: encontro marcado, do fernando sabino, e budapeste, do chico buarque (ambos eu sempre quis ler, mas nunca me animei a ponto de comprar)



decidindo qual será o terceiro, entre a brincadeira, do kundera, e no ar rarefeito, do krakauer




;)

os pinguins

"(...) é importante também tratarmos a questão psicológica da fase pós-perda. Escolhemos dois princípios para ilustrar os sentimentos envolvidos com a perda.
Fato imutável 1: ninguém gosta de perder. Mesmo quando a natureza impõe sua ordem natural dos fatos, como o faz com o nascimento e a morte, homens e mulheres tendem a desafiá-la (a medicina é o maior exempli da luta contra a ordem natural dos fatos). Não importa o quão bons perdedores somos, preferíamos ter ganhado. Se não vamos ganhar, pelo menos que a vitória alheia seja mais sofrida, seja no amor, seja no marketing ou em qualquer outro momento de competição. Se as empresas, ao perderem fatias de mercado, revisam seus produtos e suas estratégias, resultando em (1) mudanças nos produtos atuais para reconquistar os clientes perdidos ou em (2) estratégias de busca de novos mercados, as pessoas revisam seus valores e hábitos, o que pode trazer como resultado (1) a mudança de algumas atitudes ou (2) a busca de outro relacionamento. É nessa fase que mudamos o corte de cabelo, fazemos tatuagem e voltamos a frequentar academia."


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me identifiquei!


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da leitura da semana: A fila anda, mas não empurra que é pior - uma abordagem de marketing sobre relacionamentos amorosos

sensacional, levinho e divertido, e super esclarecedor.

porque assim, somos produtos! produtos nesse mercado chamado amor. e produtos, minha gente, precisam ser vendidos. só são vendidos se são anunciados, se são vistos, notados, percebidos. e o que é o marketing se não uma estratégia para venda de produtos? então, vamos aplicar estratégias de marketing pra quem sabe alguém se interessar e nos comprar, não?


_________


mais info aqui

?

e quando a gente não sabe como dizer oi, é melhor calar?
fingir que não viu, mesmo sendo óbvio que viu?



(odeio essa minha adolescência eterna)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

2.5

eu engordei 2.5 quilos. desde o dia 03.04. 40 dias, vejam bem.
e eu não gostei nada disso.

e não venham me chamar de exagerada. porque pra mim é assim, perturbador mesmo. porque eu cuido o que eu como, porque eu quero ser saudável, e porque eu malho muito.

mas isso vai ser resolvido. já providenciei uma tática de guerra. essa semana malhei duas horas segunda, uma hora e meia na terça, duas horas quarta de manhã e 45 minutos a noite, e mais duas horas e um pouco hoje. amanhã, pelo menos duas horas. mais de 10 horas em cinco dias.
(falta levar a dieta mais a sério, i know)


e eu estou levantando 100 kg no leg press sentado!
uhu!
treino que a super carmem montou pra mim não é moleza, não. se alguém ouvir que me viu deitada, morta, na av. brasil, não é mentira. eu acho que não conseguirei caminhar depois de todos aqueles exercícios, com todo aquele peso. adoro. dor de academia é a única dor que dá prazer.




(e, assim, ps: 2.5 quilos a mais, mas, pelamordedeus, que pernas são essas? me orgulho, até!)





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então que é o seguinte: não me convidem pra jantar. ou melhor, convidem pra jantar, mas entendam quando eu disser que já sai pra jantar naquela semana, pode ser na próxima? e me convidem pra ir num sushi, pq tem poucas calorias e eu adoro e ando louca de vontade de ir. e não me deixem pedir sobremesa.
e me convidem pra tomar chimarrão. e cerveja, pq eu nem bebo mas eu sou parceira e ainda sirvo de motorista. e pra sair pra dançar, pq ando precisando. e pra ir ao cinema (pipoca pode substituir a janta). e pra caminhar ou correr. e pra tomar café, mas não capuccino. me convidem pra ir em barzinhos jogar conversa fora. pode ser boteco, adoro botecos. me convidem pra ir a parques, que são tão legais.

convites, é só o que importa. até se for pra comer coisas super engordantes. tô aceitando!
;)

eu tenho as amigas mais fofas do mundo - II

dai que hoje eu recebi um email da fê (amiga emo que é colega)
coisa bobagem, só um fwd.
mas é tão legal saber que ela se importou o suficiente pra encaminhar aquela mensagem que recebeu ontem sobre amsterdam, né?


:)


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ok, ok, ando super emotiva e babona com as pessoas que gostam de mim.
preciso de carinho, people.



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e dai que fiquei lendo sobre amsterdam no link que ela mandou no email referidom acima e lembrei de taaanta coisa.


amsterdam era uma das cidades que eu mais queria conhecer. e preciso dizer que foi um tanto quanto decepcionante. porque eu esperava muuuuita loucura. e é uma cidade bem normal, fora o fato de ter uns 'cafés' onde pode fumar maconha. eu não vi nada demais. é uma cidade bonita, limpa, e super organizada. super cultural, muitos museus. uns prédios bem bonitos. e adorei os canais, achei tão diferente.

acho que a primeira coisa que me vem a cabeça quando penso em amsterdam, curiosamente, é sentar na estação de trem e chorar, chorar. um desespero só. porque eu tinha acabado de me despedir da ana cristina e eu ia começar a viajar sozinha. senti um abandono como quase nunca senti na vida. parecia que nunca mais ia conhecer ninguém, que nunca mais ia conversar com ninguém.
(como somos tolos às vezes. 1 hora depois, estava conhecendo uma brasileira, que me acompanhou em um dia de sightseeing em bruxelas.)


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a segunda coisa que eu lembro, é desse dia
porque foi um dos meus melhores momentos europeus. um lugar lindo, um passeio divertido, com uma pessoa que estava se tornando muito especial pra mim, já:





terça-feira, 12 de maio de 2009

oásis

dai que eu não fui, né? mais uma vez, não deu pra ir, porque tem trabalho, tem responsabilidade nessa vida, etc e tal.
dai que eu queria ir, sim, sim. porque acho tudo muito lindo, porque é rock'n roll, porque é banda de adolescência, enfim, eu queria ir.

mas não deu, então me contento com o you tube. e escuto váááárias que eu amo, mas não consigo escolher a minha preferida. se eu tivesse ido, teria cantado muito em don't look back in anger, porque me emociona muito, me lembra de tanta, mas taaaanta coisa dessa vida. e tem wonderwall e champagnhe supernova, que são clássicas dos clássicas. e i'm outta time, que é nova mas eu acho muito profunda. e rock'n roll star, que dá uma vontade de pular.

mas dai também tem essa aqui





e diz assim
"And then dance if you want to dance
Please brother take a chance
You know they're gonna go
Which way they wanna go
All we know is that we don't know
How it's gonna be
Please brother let it be
Life on the other hand won't make us understand
We're all part of the masterplan"



e escolhi essa porque acho bastante consolador (embora ao mesmo tempo também ache extremamente irreal, uma coisa super conto de fadas, bobagem) essa coisa de acreditarmos em destino, em estar tudo programado. porque tem vezes que a gente não quer fazer muita coisa, não. a gente quer viver. a gente queria poder dizer que tá lutando, batalhando, tentando fazer a coisa acontecer. mas não. a gente vive. e não é que a gente só vive, sem animação, sem vontade. a gente até se empolga. não é que não está feliz, absolutamente. a felicidade e a animação podem estar bem presentes na sua vida. você pode até fazer planos, pode pensar nas coisas que gostaria que acontecesse. tudo isso, pode ter sim.
mas não é nada assim, uhu. nada grande, nada gigante. nem vontade gigante, nem animação gigante, nem felicidade gigante, nem planos gigantes, nem desejos gigantes.
porque uma grande parte de você gostaria de simplesmente gritar "para o mundo que eu quero descer, e me chama de volta quando tudo estiver no lugar de novo"

porque, né, a gente vai vivendo. a gente não vai no show que queria. mas a gente vai vivendo. a gente não tem todas as coisas que queria. mas a gente vai vivendo. a gente não faz tudo o que gostaria. mas vai vivendo.


e dai a gente se pergunta: vamos vivendo, mas para onde estamos indo mesmo?

é por isso que eu digo: consolador pensar nessa coisa de destino traçado. porque muitas vezes, não pensar assim é desesperador demais.






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precisando, viu?





das savage chickens



já que eu não posso surtar, alguém me dá um desses de aniver antecipado? ia ser muito util no trabalho, i'm sure

segunda-feira, 11 de maio de 2009

eu tenho as amigas mais fofas do mundo - I

vou ter que iniciar uma série de posts com esse título



porque, me diz, tem como não dizer isso, depois de chegar em casa em uma segunda-feira a noite, cansada, levemente estressada, abrir os emails e receber isso?


"Hello sara!

Só pra ti lembrar que esse findi nós vamos sair!
Tu não esquece, viu? Boa semana pra ti =]"


(da fê balestro)

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eu tenho as amigas mais fofas do mundo
e eu babo por elas
e eu amo elas
e elas me fazem feliz

:)

aquela banda loser...

...que eu gosto cada vez mais e mais







sábado eu e ana carpideira cantamos e cantamos
hoje acordei pensando nela
e ficou perfeita no fim do expediente, né? já que não preciso que ninguém "me diz o que é o sufoco...", é só ir ao trabalho!



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e tem versos lindos:


"Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor

(...)

Ah vai, me diz o que é o sossego
que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar"









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domingo, 10 de maio de 2009

"Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.

Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome."

Caio Fernando Abreu

tudo aqui

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alguém me explica como eu nunca li um livro dele? isso é um pecado literário, tenho certeza!

sobre solidão, escolhas e amigos

"Passados dois meses de tantas histórias, comecei a pensar no sentido da solidão. Um estado interior que não depende da distância, nem do isolamento, um vazio que invade as pessoas e que a simples companhia ou presença humana não podem preencher. Solidão foi a única coisa que eu não senti depois que parti. Nunca, em momento algum. Estava, sim, atacado de uma voraz saudade de tudo e de todos, de coisas e pessoas que há muito tempo não via. Mas a saudade às vezes faz bem ao coração. Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias. Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão. Poderá morrer de saudade, mas não estará só."
Amyr Klink


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Então fico sabendo que você está triste. Dizem por ai que você se sente sozinho. Eu não sei se estou pronta pra receber essa notícia. Talvez seria mais fácil saber que você está bem. Que está em outra.
Mas não poderia ser tão fácil, né? Não, fácil seria se as coisas continuassem como estavam, se eu conseguisse esquecer. Estava indo tão bem, estava conseguindo pensar em você poucas vezes no meio dos meus dias tumultuados e das minhas noites recheadas de livros.
Nem posso reclamar, pois eu que pedi pra isso acontecer. E não estou reclamando. Ao mesmo tempo que me faz mal saber de você e lembrar que não estamos mais juntos, me faz bem. Assim exercito minha raiva e chego mais perto da aceitação. E também penso sobre minha vida e sobre minhas escolhas.
Sim, porque se você está se sentindo sozinho, é por escolha (lembrou a música da legião). Aquele velho clichê: a vida é feita de escolhas. Você fez a sua, eu fiz a minha. Ou fizemos essa escolha juntos. Escolhemos estar separados. Não sei dizer bem quem escolheu o que, ou se foi a vida que escolheu por nós. Fato é que aqui estamos. E estamos os dois sozinhos, e, aparentemente, nenhum está extremamente feliz com a situação.

Mas fato também é que eu posso reclamar de muita coisa, mas escolhi não fazer mais isso. Escolhi não mais questionar. Escolhi ao menos tentar não ter mais esperança de ver você voltar. Escolhi nãoesperar a resposta de um email que sei que não virá. Escolhi continuar com minha teimosia e não falar contigo. Escolhi sentir a dorzinha de continuar te vendo no MSN. Escolhi não olhar as fotos que tenho contigo. Escolhi manter sua lembrança por perto, por enquanto. Qualquer dia desses, essa lembrança não se fará mais necessária, e vou escolher exclui-la ou relegá-la a um segundo plano da minha memória.

Escolhi essa contradição, e vivo com ela. E, para minha surpresa, tenho vivido bem. Tenho vivido feliz. Há dias em que pareço uma boba. Há dias mais sérios. Mas, na minha escolha, ao mesmo tempo em que escolhi manter tua lembrança, escolhi seguir em frente. Para a estrada e avante, não? Avante... Com meus problemas no trabalho, com a equipe de professores malucos, com os livros que eu amo tanto, com o clima tenso aqui em casa, com o cansaço de malhar, com a obrigação de começar um regime, com a perspectiva de um inverno frio, com os programas sociais que surgem pelo caminho, com o cuidar da minha gata. Avante, vivendo.

Só não posso reclamar de solidão. Porque, como disse o Amyr Klink ali, quem tem amigos, não está sozinho. E são esses amigos que me são tão importantes, e que me permitem viver. A Fê da escola, sempre me ouvindo e rindo das bizarrices do nosso cotidiano. A Fê Balestro, sempre tão compreensiva. A Cândi, sempre uma companhia pra discutir as depressões e afins. As 'tias' da academia, sempre tão divertidas. As gurias do espanhol, que não sabem, mas foram as primeiras a me ajudar a sair da tristeza profunda que habitava meu ser. Meus primos, sempre uma ótima companhia. A Ana Claudia Carpideira Dall'Agnelo, que sempre me faz rir e me acompanha em monstruosidades gastronômicas. A Cátia Poeta, que incentiva o meu intelecto e a minha alegria. A Gabi, que é sempre um porto seguro e tranquilo. A pequena Ana Cris, que mesmo longe, é sempre fundamental. A Cami, que já está na minha vida há tanto tempo que nem sei mais como é não ter ela. O Metz, que deixa só um :) nos recados e me faz sorrir por isso. A Carol, a Meg, a Lu Oliver, os guris de NH, a Luisa, o Márcio, de quem eu tenho saudade e pra quem sempre quero escrever, mas esqueço.

Tanta gente que eu gosto, e que gosta de mim, que eu não posso reclamar de estar sozinha. Posso não ter você, posso não ter ninguém, mas não estou sozinha. E me recusarei a me sentir sozinha, de agora em diante. Porque eu escolhi não ser como você. Eu escolhi me dar uma chance e tentar ser feliz.





(pena que vai ser longe de você)



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sexta-feira, 8 de maio de 2009

de partir o coração

dai que essa semana eu estou toda elétrica. começou no sábado, com o café com alucinógenos que a fê fez na escola. a noite, eu estava com toda a pilha passeando pelo bourbon e matraqueando sem parar. (coitada da candi)
e continuou a semana inteira assim.
então hoje, fiz meu treino de musculação e depois decidi caminhar na esteira (correr teria sido melhor, né, mas o sr. joelho anda se manifestando, então deixei pra amanhã)
e meu ipod colaborou pra gastar a energia, porque só tocou musica boa. magic numbers, the kooks, beatles, até um fatboy slim muito legal.

dai que pra encerrar tudo, depois de 30 minutos na velocidade 7.0, toca isso aqui.
e eu achei tão, mas tão lindo. tão, tão lindo.
emocionei-me de verdade




"Nowadays we talk to much
Like you're forgetting all the good shit
You decide what's wrong wit me
I always used to let you say

But now I like to think out loud
Your runnin' with some different crowd
We both know what it is"




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me expliquem como eu não gostava da amy um ano atrás? quanto tempo perdido!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

:)

falando sério, sério mesmo:

eu tenho medo de dias em que eu estou assim feliz como hoje. porque o riso vem fácil, sem motivo. e porque dá vontade de cantar. porque eu me olho no espelho e não me incomodo com os defeitos. porque consigo me 'apaixonar' por um desconhecido qualquer (e me 'desapaixonar' dois minutos depois). porque faço comentários espirituosos. porque não tenho nem vontade de dormir. porque o amanhã parece que vai ser lindo e maravilhoso.


porque ando parecendo uma boba, e nem motivo tenho.


e ai, como faz?

terça-feira, 5 de maio de 2009

"right here, right now..."

da série teens
achei esse texto numa agenda minha. daquela época em que eu ainda era inocente e acreditava que amigos podiam ser irmãos e que a felicidade estava ali do ladinho, super pertinho. em que tudo era dramático demais, mas também gerava uma felicidade (ou uma possibilidade de felicidade) grande demais.

enfim, aquela época de ilusão chamada adolescência

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"Quando se ama alguém, não se ama o tempo todo, exatamewnte da mesma forma, em todos os momentos. Isso é impossível. É mentira fingir que sim. No entanto, é isso que a maioria de nós exige. Temos tão pouca fé no fluxo e refluxo da vida, do amor, dos relacionamentos! Pulamos ao fluxo do tempo e resistimos aterrorizados ao seu refluxo. Receamos que ele jamais volte. Insistimos na permanência, duração, continuidade, quando a continuidade possível, tanto na vida como no amor, está no crescimento, na fluidez, na liberdade. A única verdadeira segurança não se encontra em ter ou possuir, nem em exigir ou prever, nem mesmo em ter esperança. A segurança de um relacionamento não está nem em olhar para trás, para o que foi, nem em frente, para o que poderá vir a ser, mas em viver o presente e aceitá-lo tal como ele é, agora."
Anne M. Linderbergh

segunda-feira, 4 de maio de 2009

chegou

não sei se foi o título, não sei se foi a borboleta azul na capa, ou se foi uma vaga lembrança de já ter ouvido falar dele, mas sexta encomendei este livro aqui

e acabou de chegar, e eu nem comecei, mas já gostei:

"Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo, esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje, mas isso não significa que o hoje não tem importância."
Lisa Genova

domingo, 3 de maio de 2009

"desejo, necessidade, vontade, necessidade, desejo..."

Por Caio Fernando Abreu

Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas. Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto - preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um caminho. Esse, simples, mas proibido agora: o de tocar no outro. Querer um futuro só porque você estará lá, meu amor. O caminho de encontrar num outro humano o mais humilde de nós. Então direi da boca luminosa de ilusão: te amo tanto. E te beijarei fundo molhado, em puro engano de instantes enganosos transitórios - que importa? (Mas finjo de adulto, digo coisas falsamente sábias, faço caras sérias, responsáveis. Engano, mistifico. Disfarço esta sede de ti, meu amor que nunca veio - viria? virá? - e minto não, já não preciso.) Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço. Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.

red

ontem um cabeludo me chamou de ruiva duas vezes.
e eu só consegui pensar que era muito triste não ser o outro cabeludo que me chamava assim.




e a aceitação cada vez mais longe, não?
:(

3

* amigas
* livros viciantes
* problemas no trabalho


ainda bem, ainda bem

sexta-feira, 1 de maio de 2009

coisas muito bonitinhas

site muito incrivel com uma música meio brega (adoro!)
super criativo.



(vale a pena o tempo que leva pra carregar!)



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so deep and touching.



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blog super assim, romântico.
pra cortar os pulsos pensando que nunca vou viver algo assim.


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mais um filme pra ver


(it's never too late to become what you might have been)
(people do get lonely, specially when they are deprived of seeing someone they care about)


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sei lá, parece fofo

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video lindo
com sotaque fofo

"... somehow communicate some of the overwhelming, undying, overpowering, unconditional, all-encompassing, enriching, mind-expanding, ongoing, never-ending love i have for you"


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and finally




daqui