sábado, 29 de agosto de 2009

a seriedade e o não encontrar

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na quinta-feira, ouvi de alguém um inocente comentário "você está séria hoje", me disse um aluno. disfarcei, disse que estava cansada. aquela coisa de sempre, você tenta fingir que nada de muito relevante está acontecendo.
como eu já comentei, eu sou muito transparente. quem quiser, enxerga direitinho tudo o que estou sentindo, se for um pouco observador. e quem quiser, sabe que eu não estou no meu estado natural ultimamente.
com o risco de ser repetitiva, escrevo. escrevo pois não consigo tirar o comentário da cabeça. porque sei que é verdade. e porque sei que não consigo fingir por muito mais tempo. não consegui na sessão filosofia em que se transformou a aula de ontem a noite. não consegui, também ontem a noite, quando soltei algumas lágrimas em uma conversa com uma amiga. e não consigo nos comentários ácidos e/ou desanimadores do dia-a-dia. e, principalmente, não consigo diante da falta de perspectiva.

sou realista, e sei que a falta de perspectiva é culpa única e exclusivamente minha. eu que me coloquei nessa situação, por diversos motivos. há muito tempo atrás, decidi 'deixar a vida me levar' e acabei aqui, um tanto quanto infeliz. prova de que conselhos de sambistas e pagodeiros, definitivamente, não devem ser seguidos.
o fato é que coloquei sonhos e objetivos de lado, esqueci de ter ambições, cansei de criar expectativas. e o tempo passou, e hoje me vejo no meio de um lugar de onde não faço a menor idéia como sair.

e o lugar assusta. é escuro e abafado. não tem janelas. há, claro, algumas frestas pelas quais, eventualmente, passam alguns raios de luz. mas logo eles se extinguem, e deixam tudo no breu. e o breu e o abafamento são bons para dormir, mas dificultam o despertar.


e eu não sei mais como despertar.
e eu sei que não devo esperar que alguém ou algo me desperte. conscientemente, eu sei. o problema é o maldito inconsciente. passei os últimos anos esperando, inconscientemente, por algo que sei que não vai acontecer. mas, por mais que eu saiba, também não sei como sair desse círculo vicioso de esperar e não esperar.
e já nem sei mais se teria como me habituar à claridade, na verdade. não sei se a claridade me veste bem, se é apropriada, se sei como me comportar nela, se tenho forças para enfrentá-la.


mas, um dia, vou ter que tentar.



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a trilha pro post é isso:







porque as letras do U2 sempre falaram ao meu coração
porque o bono, ai, ai... ô lá em casa!
porque essa música é a melhor pra ensinar present perfect
porque esse vídeo é lindo demais e me arrepiou
porque sempre gostei de música gospel


porque eu espero, sinceramente, que eu não tenha encontrado o que eu estou procurando. porque ainda tenho esperanças de ter um destino nessa vida.


porque a banda tocou isso lindamente na quinta a noite, e me fez pensar em tudo isso que escrevi.



mas, principalmente, porque me lembra a pessoa que havia trazido um pouco de claridade pra minha vida uns tempos atrás. tudo acabou e isto deixou tudo ainda mais na escuridão pra mim, é bem verdade. não sei se ele encontrou o que está procurando, e não tenho coragem de admitir que, muitas vezes, fico pensando em como seria bom se ele percebesse que o que está (ou estava) procurando está aqui, comigo.
não ia ser o fim da escuridão, mas quem sabe seria uma pequena luz pra iluminar o caminho pra fora?



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domingo, 23 de agosto de 2009

do desespero

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"Sou uma conferência ou um romance? Deus, que pergunta. Vocês me desculpem. Parece que regressei aos dias em que era jovem, vivia em Paris e estava desesperado e não parava de me fazer perguntas. Normalmente se abrem diante dos jovens horizontes de esperança, mas há os que escolhem o desespero, e eu não era um destes, pois não sabia muito bem por onde ir na vida, e além do mais, tinha a impressão de que estar desesperado era mais elegante, vestia melhor do que ser um pobre jovem apegado à esperança. O fato é que tenho a impressão de estar voltando a ser aquele jovem que tantas perguntas se fazia. Sou uma conferência ou um romance? Sou? De repente, tudo são perguntas. Sou alguém? Sou o quê? Pareço fisicamente com Hemingway ou não tenho nada a ver com ele? Pelo que vejo, respeitável público, parece que vocês têm a mesma opinião que minha mulher e meus amigos. Vocês tem o mesmo semblante que eles e que os organizadores de Key West. Não sei por que, parece que estão me desclassificando. Fazem isso, sem dúvida, guiados por sua sensatez. Sem dúvida eu preciso acreditar que vou ficando cada vez mais parecido fisicamente com o ídolo de meus anos parisienses, pois somente isto ainda me une sentimentalmente aos meus dias de juventude. Por outro lado, creio que tenho direito de poder enxergar-me diferente de como me vêem os demais, me enxergar como der na veneta e que não me obriguem a ser essa pessoa que os outros decidiram que eu sou. Somos como os outros nos vêem, concordo. Eu, porém, resisto a aceitar tamanha injustiça. São anos tentando ser o mais misterioso, imprevisível e reservado possível. São anos tentando ser um enigma para todos. Para isso, com cada pessoa adoto uma postura diferente, procuro fazer com que não haja duas pessoas que me vejam da mesma maneira. Sem dúvida, essa esforçada tarefa se está revelando inútil. Continuo sendo como os outros querem me ver. E pelo visto todos me vêem igual, como lhes der na veneta."



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Enrique Vila-Matas
Paris não tem fim



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eu esperava bastante desse livro.
mas, confesso, nem tanto.
uma agradável surpresa, portanto.
e o claro entendimento do porquê Vila-Matas está tão 'hype' por aí



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domingo de sol, lendo e tomando caipirinha na beira da piscina.



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terça-feira, 18 de agosto de 2009

gentileza

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"uma coisa tão gentil no meio da barbárie em que, cruamente, labutamos...eu tenho uma teoria, que nunca fecha por completo: todas as coisas amáveis, seja boa educação, ou vinho, seja uma comida saborosa, ou aquela música serendipiticamente escutada na rua, um origami, um detalhe qualquer casual no dia a dia, o sujeito que para de lavar a calçada para eu passar, o bilhete do entregador de jornais se desculpando, tudo isto, é a mesma coisa.
É a rejeição da grosseria que desumaniza. Ou como escreveu um outro blogueiro que sigo: 'pela humanização dos humanos'."




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daqui



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e mais um meme

pois não tenho vontade de fazer outra coisa:



1. Quais são as 3 últimas coisas que você comprou?.
* Livros na americanas.com (a revolução na cozinha, do Jaime Oliver) e no submarino. (O Convidado Surpresa, do Gregóire Bouillier; O leitor, do Bernhard Schlink; A arte da vida, do Bauman; A estrada, Cormac McCarthy ; e A morte do gourmet, Muriel Barbery)
* kit-kats pro meu irmão
* presente pra uma amiga (uma florzinha e uma xícara), xampu e um pijama pra mim

2. Quais são as 3 últimas músicas que você baixou?
Pode ser CDs? Tentando baixar “The Swell Season” (dos mesmos músicos do once), baixei “Scream”, do Chris Cornell e o ‘Together through life” do Bob Dylan

3. Quais os 3 últimos lugares pra que você foi?.
Tirando a academia e o trabalho, que vou sempre
* Casa de uma amiga jantar domingo à noite
* Sítio de amigos em Lomba Grande, para almoçar domingo
* Beto, ou Pub Garagem 23, em Ivoti, no sábado a noite

4 - 3 filmes favoritos?
* Antes do anoitecer e Antes do Pôr do Sol
* Meu primeiro amor
* ET

5. Quais são suas 3 coisas preferidas?
*livros
* roupas
* sapatos e acessórios

6. Com quais 3 coisas você não poderia viver (sem)?.
* livros
* amigos
* vida social: ir a restaurantes, bares, cinema, passear em parques, tomar chimarrão com amigos.

7. Quais seriam 3 desejos?.
* viajar mais
* ter uma livraria
* ter alguém para amar que também me ame

8. Quais 3 coisas você ainda não fez?.
* tatuagem
* me apaixonar e ser correspondida
* fumar ou usar drogas.

9. Quais são seus 3 pratos preferidos?.
* sushi
* comidinhas italianas: massa, lasanha, canelone, pizza
* saladas

10. Com quais 3 celebridades você gostaria de se encontrar ou sair?.
* Allain de Botton (pra mim, ele é celebridade)
* Bono Vox
* Bob Dylan

11. 3 coisas que mexem com seus nervos.
* a falta de sensibilidade humana
* pessoas pouco higiênicas e/ou mal educadas
* meu pai


12. Se pudesse se descrever em 3 palavras, quais seriam?.
* teimosa
* quase-depressiva, mas frequentemente feliz
* indecisa

13. 3 coisas diferentes que você faz bem...
* queimar doces
* chorar na frente do ex-chefe
* não saber o que escrever nessas perguntar

14. Quais 3 coisas você super quer atualmente?.
* um emprego novo
* uma passagem pra Europa, e despesas pagas por lá
* um namorado! (pronto, falei)


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meme

o primeiro projeto do primeiro dia de semi-desemprego (hoje estou com astral pessimista, veja bem), é organizar o computador. achei taaanta coisa tão terrível, e taaaanta coisa tão legal. aos poucos vou postando aqui.

e a primeira coisa é um meme, que eu adoro! tão bom responder essas bobagens!



quem quiser responder, sinta-se a vontade. eu ia achar tão legal ler as respostas dos meus 5 leitores!
;)


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eu quero: um all star. todas as roupas da farm. várias roupas da Hering. muitos livros.

eu tenho: muito mais do que preciso, de várias coisas.

eu gostaria de ter: um amor pra chamar de meu

eu gostaria de não ter: ex-namorados, ex-amigos

eu acho: a vida injusta às vezes.

eu odeio: ter que sorrir sem vontade.

eu sinto saudades: de muita gente que conheci nessa vida. De muitas épocas que vivi, também

Eu faço: academia todo dia!

Não faria de novo: faculdade de administração

eu escuto: fito paez, U2, the magic numbers, beatles e los hermanos, sempre

eu cheiro: meu braço quando passo o hidratante de gengibre da natura. Dá vontade de morder

eu imploro: acho que não imploro muito, ao menos não em voz alta. Às vezes imploro a mim mesma, para evitar de fazer besteira e perder a paciência. imploro também quando estou curiosa.

eu pergunto-me: pq a gente é assim?

eu arrependo-me: de não aproveitar mais os meus dias

eu amo: meus amigos, minha família e meus animaizinhos

eu sinto dor: no joelho de vez em quando

eu sinto falta: de muita gente querida

eu sempre: tento ir me benzer quando estou muito triste

eu não fico: pensando besteira se estou muito ocupada no trabalho

eu acredito: em energias positivas e negativas

eu danço: muito mal

eu canto: no carro, dirigindo. quando estou feliz, ou quando estou estressada.

eu choro: com filmes, com livros, as vezes com dramas pessoais.

eu falho: muitas vezes

eu luto: pouco, muito pouco

eu escrevo: menos do que gostaria.

eu ganho: presentes no meu aniversário. adoro.

eu perco: amigos muito facilmente, e normalmente por culpa minha

eu nunca: fumei

eu estou: frustrada, desmotivada, cansada de me sentir sozinha

eu sou: dramática

eu fico feliz: quando estou com pessoas que gosto

eu tenho esperança: de um dia ser realmente amada por alguém. ainda

eu preciso: emagrecer pelo menos 5 quilos

eu deveria: parar de fazer compras. mas é tão difícil...





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sábado, 15 de agosto de 2009

"And you taught me what this feels like.
And then how it feels to lose it.
And you showed me who I wanted.
And then who I wasn't.
And you ticked every box.
And then drew a line.
And you weren't mine to begin with.
And then not to end with.
And you looked like everything I wanted.
And then became something I hated.
And you get thought of every day.
And then not in a good way.
And you let me leave.
And then wish I'd stayed.
And you almost killed me.
But I didn't die. "



"e você me ensinou o que é sentir isso
e depois me ensinou o que perdê-lo
e você me mostrou quem eu queria
e depois quem eu não era
e você marcou cada opção
e depois riscou uma linha
e você não era meu para começar
e depois nem para terminar
e você parecia com tudo que eu queria
e depois tornou-se algo que eu odiava
e você é lembrado todo dia
e depois não é lembrado de uma boa maneira
e você me deixou partir
e depois desejou que eu tivesse ficado
e você quase me matou
mas eu não morri"




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"All persons entering a heart do so at their own risk. Management can and will be held responsible for any loss, love, theft, ambition or personal injury. Please take care of your belongings. Please take care of the way you look at me. No roller skating, kissing, smoking, fingers through hair, 3am phone calls, stained letters, littering, unfeeling feelings, a smell left on a pillow, doors slammed, lyrics whispered, or loitering. Thank you."



"Todas as pessoas entrando em um coração o fazem por conta própria. O gerenciamento pode e será responsabilizado por qualquer perda, amor, roubo, ambição ou danos pessoais. Por favor, cuide dos seus pertences. Por favor cuide da maneira que você olha para mim. Não andar de patins, beijar, fumar, passar os dedos no cabelo, ligações as 03 da manhã, cartas manchadas, lixo no chão, sentimentos não sentidos, um cheiro deixado no travesseiro, portas sendo batidas, letras de musica sussuradas ou perseguições. Obrigada"



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sempre me emociona




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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

fantasmas





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eles se multiplicam, só pode ser



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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

vício





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Somethin’ filled up
my heart with nothin’,
someone told me not to cry.

But now that I’m older,
my heart’s colder,
and I can see that it’s a lie.



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algo encheu meu coração com nada
alguém me disse pra não chorar

mas agora que sou mais velho
meu coração está mais frio
e eu posso ver que é mentira




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e eu nem sabia que gostava de arcade fire!



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sábado, 8 de agosto de 2009

me encontrei no mundo

daí que tenho uma pasta nos favoritos que é só de blogues de literatura. mas eu não leio muito eles, não. em primeiro lugar, porque requer tempo, que nem sempre tenho. em segundo lugar, porque muitas vezes fico oprimida (sensação super comum quando falo de livros), pois é muito autor, é muito livro, é muita informação.

mas tem momentos que eu me sento a lê-los. mergulho nesse universo fascinante e apavorante. abro um milhão de abas no mozilla. descubro desejos que não sabia que tinha (a última nota mental: colocar sábado, do ian McEvan, na lista de compras). começo a repensar a enorme pilha de livros que está ali no meu quarto, e pensar qual vai ser o próximo livro que vou atacar (nota mental n° 2: você deveria realmente se concentrar em terminar aqueles que já começou)

enfim, meu pensamento voa.
dai que esse sábado chuvoso é perfeito para embarcar nesse voo. e então eu me achei. descobri o que eu sou. ganhei uma identidade.
tudo isso lá no blog do paulo roberto pires


eu sou uma bibliólica!


pronto, falei.



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tem grupo, é claro. os bibliófilos anônimos, B.A.

diz o blog citado ali encima:

"O B.A. seria, portanto, um grupo que estimula o vício. Você chega, começa a dar seu depoimento e, pela manifestação dos demais presentes, começa a se sentir em casa, confortado. A partir dali, em reuniões semanais feitas num sebo, você pode aprender novos rituais no consumo de livros, trocar impressões, aprender estratégias de consumo. Para facilitar a vida, seguem alguns sintomas clássicos do bibliocolismo:

1. O bibliólico, como depõe Assouline. jamais sai de casa sem ter alguma coisa para ler. Serve revista, jornal ou bula de remédio, mas o bom mesmo é um livrinho – que ajuda a passar o tempo em metrô, consultório ou fila, além, é claro, de ser ótima proteção contra chatos interativos.

2. O bibliólico não consegue passar por livraria ou sebo sem dar uma “olhadinha”. E, raramente, dá uma olhadinha sem dar uma compradinha.

3. O bibliólico sofre terríveis crises de privação. Muda caminho e chega atrasado em reunião para comprar aquele livro fundamental. Que às vezes será lido dali a dois anos. Ou continuará fechado por outros dois.

4. O bibliólico cheira. Muito. E, proustianamente, tem lembranças associadas aos aromas dos livros. O livro francês é o do bom: quando novinho, é praticamente uma viagem a Paris.

5. O bibliólico é um ótimo negociante. Não pode ver uma oferta. Eu mesmo já comprei três exemplares de um mesmo livro de Nabokov. Um de cada vez, pensando que não tinha comprado antes. Só pelo bom preço. Ah, sim: até hoje não o li.

6. O bibliólico tem compulsão por obras completas. Quando cisma com um autor, sai de baixo: vai comprando tudo o que pode, mesmo que dele só tenha lido um livrinho – do qual gostou muito.

7. O bibliólico causa sérios transtornos à família. Ninguém em casa aguenta mais as sacolinhas de plástico e as caixas de papelão das livrarias virtuais. Por isso, ele costuma se livrar das primeiras andando pela rua e mandar entregar as últimas no trabalho.

8. O bibliólico é, em geral, um sujeito pacato. Mas, cuidado, pode ser muito agressivo quando alguém chega em sua casa e, diante das pilhas e mais pilhas de livros, lança a pérfida dúvida: “você já leu isso tudo?” Ora bolas, isso é pergunta que se faça?"




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me identifiquei em todos!



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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

o estado das coisas

dai que ouvi esse rolling stones aí. nunca gostei muito de rolling stones. na verdade, nunca ouvi muito rolling stones pra saber se gosto. fazer o que? aqui em casa, sempre foram os beatles.





mas dai que essa segunda música eu gosto muito, muito. pq "you can't always get what you want" é hino, né? e porque é uma baita verdade. aliás, na maioria das vezes, você não recebe o que você quer.
você recebe o que precisa.
e assim, eu não ando recebendo nada que eu quero. só recebo coisas que eu não quero. e estou tão cansada disso.
estou tentando ver o lado positivo, tentando ver uma saída. mas não está fácil, na verdade. eu sei muito bem que preciso sair do local onde estou, por mais confortável que ele seja. mas sei também que é difícil. e que eu não tenho coragem. pronto, falei. eu não consigo, eu não acredito o suficiente em mim pra conseguir.
é triste, mas é real.

e não acho que seja um lugar assim tão ruim, na verdade. não era, até um mês atrás, pelo menos, o trabalho era bom. era um lugar quase feliz.
agora, nem o trabalho é feliz. os amigos, sempre é bom estar com eles, mas sempre me parece que falta algo (desculpe, pessoas, não é nada com vocês, na verdade. sou eu e expectativas de pessoas que nem existem que eu crio na minha mente distorcida). a família, nada de excepcional, mas aguentando por aqui. o dinheiro, dava pra fazer tudo que é necessário e fazer coisas não tão necessárias. a partir desse mês, a coisa fica complicada. a vida amorosa, sempre faltando na figura. faltando tanto, que dói fisicamente esse espaço todo vazio.

uma vida menos que mediana, então.
será que eu consigo?

tá cada vez mais difícil acordar de manhã.
de verdade
e isso assusta.
de verdade.




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e se tem rolling stones, tem que ter beatles. porque essa música combina com o ânimo do dia, né?
e porque tem coisas que a gente realmente tem que guardar pra si, tem que esconder. os beatles acham que é o amor, nesse caso.
eu acho que aquilo tudo que eu disse ali em cima deveria ter sido guardado. mas azar, o blog é meu, eu falo o que quero, né? só não tentam comentar com mensagens motivacionais. eu odeio mensagens motivacionais. eu tenho verdadeira ojeriza a elas, na verdade.
a semi-depressão é minha, e eu mostro ela quando quiser!
prometo não mostrar demais, porém.








porque no fim das contas, a mensagem motivacional é: tudo vai dar certo, mesmo dando errado. e eu ainda sou capaz de sorrir, e aproveitar, e ver que existem coisas boas na vida. e escrever um texto mega confuso, mega ruim.



azar.



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terça-feira, 4 de agosto de 2009

tudo importa

"Don't you dare tell me nothing matters. Everything matters. Every fucking drop of rain, every ray of sunlight, every wisp of cloud matters and they matter because I can see them and if I can see them then they can see me and I know that there's an entire world that cares out there, hiding behind a world that doesn't, afraid to show who it really is and with or without you, I will drag that world out of the dirt and the blood and the muck until we live in it. Until we all live in it."



"Não ouse me dizer que nada importa. Tudo importa. Cada maldita gota de chuva, cada raio de sol, cada pedaço de nuvem importa e eles importam porque eu posso vê-los e se eu posso vÊ-los, eles podem me ver e eu sei que há um mundo inteiro que se importa lá fora, se escondendo atrás de um mundo que não se importa, com medo de mostram quem ele realmente é e que com ou sem você, eu vou arrancar esse mundo da sujeira e do sangue até nós morarmos nele. Até todos nós morarmos nele."



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TUDO importa, né? tudo, tudo.


e como.



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daqui



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segunda-feira, 3 de agosto de 2009





"Se eu tivesse um mundo meu, tudo seria sem sentido. Nada seria o que é, porque tudo seria o que não é. E ao contrário, o que é, não seria. E o que não seria, seria. Você vê?"
Alice no país das maravilhas




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falando nela:




louca pra assistir isso




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e meu mundo tá assim. cai no buraco, e tenho direito até a um mad hatter (chapeleiro maluco) e uma rainha de copas




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dá pra sair correndo?



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