sábado, 8 de agosto de 2009

me encontrei no mundo

daí que tenho uma pasta nos favoritos que é só de blogues de literatura. mas eu não leio muito eles, não. em primeiro lugar, porque requer tempo, que nem sempre tenho. em segundo lugar, porque muitas vezes fico oprimida (sensação super comum quando falo de livros), pois é muito autor, é muito livro, é muita informação.

mas tem momentos que eu me sento a lê-los. mergulho nesse universo fascinante e apavorante. abro um milhão de abas no mozilla. descubro desejos que não sabia que tinha (a última nota mental: colocar sábado, do ian McEvan, na lista de compras). começo a repensar a enorme pilha de livros que está ali no meu quarto, e pensar qual vai ser o próximo livro que vou atacar (nota mental n° 2: você deveria realmente se concentrar em terminar aqueles que já começou)

enfim, meu pensamento voa.
dai que esse sábado chuvoso é perfeito para embarcar nesse voo. e então eu me achei. descobri o que eu sou. ganhei uma identidade.
tudo isso lá no blog do paulo roberto pires


eu sou uma bibliólica!


pronto, falei.



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tem grupo, é claro. os bibliófilos anônimos, B.A.

diz o blog citado ali encima:

"O B.A. seria, portanto, um grupo que estimula o vício. Você chega, começa a dar seu depoimento e, pela manifestação dos demais presentes, começa a se sentir em casa, confortado. A partir dali, em reuniões semanais feitas num sebo, você pode aprender novos rituais no consumo de livros, trocar impressões, aprender estratégias de consumo. Para facilitar a vida, seguem alguns sintomas clássicos do bibliocolismo:

1. O bibliólico, como depõe Assouline. jamais sai de casa sem ter alguma coisa para ler. Serve revista, jornal ou bula de remédio, mas o bom mesmo é um livrinho – que ajuda a passar o tempo em metrô, consultório ou fila, além, é claro, de ser ótima proteção contra chatos interativos.

2. O bibliólico não consegue passar por livraria ou sebo sem dar uma “olhadinha”. E, raramente, dá uma olhadinha sem dar uma compradinha.

3. O bibliólico sofre terríveis crises de privação. Muda caminho e chega atrasado em reunião para comprar aquele livro fundamental. Que às vezes será lido dali a dois anos. Ou continuará fechado por outros dois.

4. O bibliólico cheira. Muito. E, proustianamente, tem lembranças associadas aos aromas dos livros. O livro francês é o do bom: quando novinho, é praticamente uma viagem a Paris.

5. O bibliólico é um ótimo negociante. Não pode ver uma oferta. Eu mesmo já comprei três exemplares de um mesmo livro de Nabokov. Um de cada vez, pensando que não tinha comprado antes. Só pelo bom preço. Ah, sim: até hoje não o li.

6. O bibliólico tem compulsão por obras completas. Quando cisma com um autor, sai de baixo: vai comprando tudo o que pode, mesmo que dele só tenha lido um livrinho – do qual gostou muito.

7. O bibliólico causa sérios transtornos à família. Ninguém em casa aguenta mais as sacolinhas de plástico e as caixas de papelão das livrarias virtuais. Por isso, ele costuma se livrar das primeiras andando pela rua e mandar entregar as últimas no trabalho.

8. O bibliólico é, em geral, um sujeito pacato. Mas, cuidado, pode ser muito agressivo quando alguém chega em sua casa e, diante das pilhas e mais pilhas de livros, lança a pérfida dúvida: “você já leu isso tudo?” Ora bolas, isso é pergunta que se faça?"




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me identifiquei em todos!



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2 comentários:

F. disse...

te vi em todos tb ! hahahha

Fernanda B. disse...

não sou tão viciada quanto tu, mas me vejo em alguns tb!