quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

fear of the dark

.



Sou medrosa, fato.

Consegui curar meu medo (irracional) de baratas. Ainda tenho medo de cobras, mas já está melhor do que era. Nunca tive medo do escuro. Tenho medo de mexer com gás e com eletricidade. Não acho que eu tenha medo de morrer.

Mas o maior dos medos sempre foi de outro tipo. É o medo de me entregar. Medo de sentir. Medo de ter prazer. Medo de me acostumar com o que é bom. Medo de ter companhia. Medo de gostar. Medo de me apaixonar. Medo de amar.

Medo de não ter mais abraço, beijo, carinho, amassos e braços. Medo de não ter mais sossego. Medo de não conseguir parar de pensar. Medo de não esquecer.

Medo de perder o controle. Medo de ficar sem chão. Medo de não saber o que fazer. Medo de saber o que fazer, e não ter coragem de fazer. Medo de fazer o que tem que ser feito. Medo de não fazer o que tem que ser feito. Medo de fazer o que não deve ser feito.

Medo de sorrir. Medo de rir. Medo de não ter motivo parar sorrir e para rir. Medo de ter motivo. Medo de admitir que tenho motivo.

Medo de ir e de vir. Medo não ter tempo de ir e vir.

Medo de perder. Medo de querer. Medo de não ter.



.



5 comentários:

Anônimo disse...

relaxa

orgasmos ajudam

Nataniel, o Metz disse...

hahahaha

o anônimo tá certo.

mas eu entre pra comentar que essa borboleta me enche o saco! eu sempre tenho que rolar o scroll pra cima ou pra baixo quando o texto tá nela porque não consigo ler! ;P

F. disse...

HAHAHAHAHAHA

curti o anônimo (:


(tempão que não passava aqui.)

Ana Cris disse...

ah, concordo com o anônimo e o Metz! hehehe
(mas é que a borboleta é bem a tua cara, Sara Maria)

Anônimo disse...

ok, passei a ser um ativista sexual no blog da sara. Sob a alcunha de anônimo, proponho uma revolução.